quarta-feira, 24 de agosto de 2016


As novas tecnologias ao serviço da informação patrimonial. O exemplo da ALMADAN


A INTERNET e as novas tecnologias colocam hoje ao serviço de praticamente todos (graças sobretudo à banalização dos "telemóveis inteligentes") meios de informação que ainda eram inimagináveis há pouco mais de uma década. Recordo que já neste século, há pouco mais de dez anos, ter apreciado para a EDIA diversas propostas relativamente à implementação na área do Alqueva de sistemas de disponibilização de informação turístico-cultural, nenhum dos quais parecia então verdadeiramente prático ou relativamente acessível. De facto os problemas começavam de imediato na necessidade de os potenciais utentes terem disponíveis os então "revolucionários" PDA (Personal Digital Assistant) que associavam capacidade de armazenamento de dados, a um receptor GPS. Nos Centros de Apoio ou de Informação, os visitantes carregariam nos seus equipamentos pessoais a informação necessária ou alugariam equipamentos já devidamente preparados. Tudo isso era muito pouco prático e, por outro lado, ainda andávamos nós a discutir as vantagens e desvantagens das várias propostas e já os PDA ou PocketPC, eram remetidos para o caixote do lixo da História, rapidamente substituídos pelos smartphones, verdadeiros "canivetes suíços" da informática hoje acessíveis a toda a gente.
Um exemplo de um "obsoleto" PDA, segundo a Wikipédia

E assim actualmente, conjugando informação geo-referenciada (preferencialmente correcta), com uma base cartográfica universalmente disponível (como por exemplo os mapas da Google), qualquer um, com algum domínio básico de informática, pode construir uma base de dados sobre o património cultural da sua terra ou região e disponibilizá-la aos utentes de smartphones, ou seja, basicamente a toda a gente...

Foi o que em boa hora a equipa da revista ALMADAN (publicada pela associação CAA, Centro de Arqueologia de Amada) resolveu fazer, ainda que tendo como ambicioso objectivo, uma base de dados sobre os sítios arqueológicos visitáveis em todo o território. Pegou num seu trabalho já com alguns anos (uma revista de 2001 que trazia um então útil "dossier sobre os sítios arqueológicos visitáveis"), actualizou-o e para além de o republicar na Revista de 2015, disponibiliza-o permanentemente, através do seu SITE em https://www.google.com/maps/d/viewer?mid=1-OE0Few-exfR1k7J8IC8K60xkP8

Naturalmente, a Base de Dados em causa, com cerca de 500 entradas, está longe de estar completa ou de não apresentar lacunas inexplicáveis ou mesmo alguns erros, até porque foi construída na base do voluntariado, com recurso ao pedido de colaboração a muitas entidades que nem sempre corresponderam como seria sua obrigação. Mas essa é outra grande vantagem destes novos instrumentos de comunicação e informação. Em qualquer momento e com relativa facilidade se podem actualizar ou corrigir os dados.

Foi o que agora aconteceu precisamente com a informação disponibilizada sobre a minha freguesia (Valverde & Guadalupe). Apesar de bem localizado, o Cromeleque da Portela de Mogos, aparecia identificado como Cromeleque de Vale Maria do Meio, monumento vizinho acessível que não aparecia referenciado. Detectado o lapso e enviada a informação correcta ao meu velho amigo Jorge Raposo, o fundador e grande animador do CAA, a mesma foi entretanto inserida com êxito na Base de Dados.







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