quinta-feira, 30 de outubro de 2014



Inventário Artístico da Arquidiocese de Évora

Muitos são os anúncios de projectos inovadores nos domínios do inventário patrimonial, poucos são os que conseguem atingir o grau de eficácia do projecto coordenado desde 2002 pelo meu antigo vizinho e grande amigo Artur Goulart. A apresentação de resultados em colóquio organizado pelas entidades enquadrantes do projecto (Arquidiocese de Évora e Forum Eugénio de Almeida) encerrou hoje uma etapa fundamental de um já longo caminho, apesar da tarefa de inventário nunca estar concluída. A riqueza patrimonial da região de Évora, já deveras reconhecida graças aos trabalhos pioneiros de Túlio Espanca, aqui emocionadamente evocado pelo Vítor Serrão, saiu reforçada por este projecto cujos resultados estão disponíveis numa dezena e meia de livros de grande divulgação e numa base de dados "on line". Évora está de parabéns. Obrigado Artur.

A intervenção de Artur Goulart


Vítor Serrão proferindo a sua lição sobre a riqueza artística de Évora

terça-feira, 28 de outubro de 2014


O Paleolítico do Ródão
As "Portas do Ródão" perderam alguma da monumentalidade natural  bem como parte da sua visibilidade e reconhecimento público com a construção da Barragem do Tejo no Fratel, alguns quilómetros a jusante, e o posterior desvio do trânsito entre Lisboa e Castelo Branco. Ainda assim continuam a ser um marco fantástico na paisagem, tal como o terão sido no passado ao longo de milénios. A sua presença carismática, qual "axis mundi", foi até já apontada como o referente material definidor de um território sagrado, profusamente marcado por simbólicas manifestações rupestres aqui deixadas pelo homem pré-histórico, desde os finais do Paleolítico até aos alvores da romanização. Acontece que tão fantástico acidente tem uma antiquíssima história geológica de interacção com o Tejo, estando na origem a montante e a jusante do mesmo, da formação durante o período do Quaternário, de todo um complexo de terraços sedimentares que há muito atraíram a atenção dos geólogos e geógrafos. Foi aliás a busca de eventuais vestígios de presença humana Paleolítica, eventualmente associada aos diversos níveis de terraços, que atraiu ao Ródão no início dos anos 70 alguns estudantes da faculdade de Letras de Lisboa, os mesmos que com a ocasional e inesperada descoberta se dedicariam nos anos seguintes ao reconhecimento e divulgação da Arte Rupestre do Tejo antes da subida das águas do Fratel.  No entanto, o objectivo inicial não seria esquecido e, submersa a arte rupestre, parte da equipa dedicar-se-ia à prospecção dos terraços do Ródão, em particular na margem Norte do Tejo. Se bem que os vestígios do Paleolítico estejam um pouco por todo o lado neste território, em resultado da natural erosão dos antigos terraços, alguns locais pelas condições de jazida mereceram especial atenção, nomeadamente o Monte do Famaco, onde se recolheu uma fantástica colecção de "bifaces" do Paleolítico Inferior, ou ainda Vilas Ruivas e Foz do Enxarrique, dois sítios desde logo atribuídos ao Paleolítico Médio pelos seus materiais, cronologia mais tarde confirmada por datações absolutas.

Tendo estado envolvido em todo aquele processo nos meus tempos de estudante de História e tendo o meu interesse pela arqueologia nascido no Ródão, perceber-se-á os sentimentos que me terão ocorrido quando ontem na sala dos actos da Universidade de Évora, assisti às provas de Doutoramento defendidas com sucesso pelo Nelson Almeida. O tema, "O Paleolítico Médio das Portas de Ródão. A margem esquerda (Nisa- Portugal)", mergulha directamente nas minhas mais antigas memórias arqueológicas, já que a bacia do Arneiro, onde o Nelson encontrou, sondou e estudou para a sua tese algumas jazidas também datadas do Paleolítico Médio, se localiza imediatamente em frente da Fonte das Virtudes, a velha casa onde no final dos anos 70 se aboletavam as equipas que escavavam os sítios de Vilas Ruivas, fronteiro ao Arneiro e a Foz do Enxarrique. Por outro lado, no próprio júri, havia também reflexos desses e doutros tempos memoriáveis da arqueologia do último quartel do século passado. Um dos arguentes, José Meireles, professor na Universidade do Minho, ainda estudante da Universidade do Porto, chegou a participar nas escavações de Vilas Ruivas, antes de se dedicar ao Paleolítico do litoral minhoto e um dos orientadores, Thierry Aubry, é investigador na equipa do Vale do Côa, tendo tido um papel importante, com João Zilhão (outro estudante de Vilas Ruivas) na confirmação da cronologia paleolítica da Arte Rupestre do Côa. Finalmente também não é displicente para o caso, o facto de Nelson Almeida ser um dos "jovens" a quem a criação do efémero Instituto Português de Arqueologia abriu as portas (hoje praticamente encerradas) de uma carreira pública na Arqueologia, hoje integrado na Direcção Regional de Cultura do Alentejo. É verdade que, estranhamente, hoje as condições para o desenvolvimento de projectos de investigação, parecem ser bem piores do que há alguns anos atrás, facto que só valoriza o esforço daqueles que, por paixão e sem que daí já lhes advenha qualquer vantagem material ou mesmo profissional, ainda conseguem abalançar-se a objectivos tão elevados com meios tão reduzidos.  

O Nelson Almeida prestando provas de Doutoramento (27/10/2014)

As omnipresentes Portas de Ródão

A Fonte das Virtudes, imediatamente a jusante das Portas do Ródão. Na margem oposta, à esquerda, as "conheiras" da Bacia do Arneiro, largamente exploradas pelos Romanos em busca do ouro aluvionar.

Escavações de Vilas Ruivas. Campanha de 1980, em que se procedeu à "moldagem" de estruturas de uma lareira do Paleolítico Médio (cerca de 50 000 aC), posteriormente reconstituída no Museu de Castelo Branco

Escavações na Foz do Enxarrique (campanha de 1982 ?) a montante das Portas de Ródão, próximo de Vila Velha de Ródão, em segundo plano. Este sítio revelou-se particularmente importante, dada a presença de vestígios fossilizados de fauna contemporânea do Paleolítico Médio, incluindo um dente de Elefante (Elephas antiquus).



quarta-feira, 22 de outubro de 2014

São João dos Azinhais, Torrão


Poderia ser apenas mais uma das dezenas (centenas?) de capelas rurais isoladas do Alentejo, arruinadas pelas catástrofes ou pelo abandono provocado pelo despovoamento ou pela desmemória das gentes. Mas não! Como em muitos outros exemplos, estas capelas ainda que revelando nas suas estruturas, a religiosidade construtiva que nos séculos XV e XVI atravessou as terras de aquém Tejo, não surgiam do nada. Quase sempre lhes está subjacente uma longa história de séculos normalmente iniciada em época romana senão ainda bem antes disso (lembremos as “antas-capelas”!). No caso de São João dos Azinhais, já uma ruína há muito abandonada pela paróquia do vizinho Torrão a quando da construção da Barragem do Vale do Gaio em meados do século passado, que quase a submergiu, os seus antecedentes já estavam assinalados por André de Resende, dada a presença de inscrições de época romana e visigótica. Leite de Vasconcelos que andou por terras do Torrão, quis ver as lápides publicadas pelo Mestre Renascentista mas não chegaria a ter oportunidade para isso. Seria bastante mais tarde em 1975, que Fernando de Almeida, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com a colaboração de dois discípulos, António Cavaleiro Paixão, um colega e amigo recentemente desaparecido, e Judite Paixão aí procederiam à recolha e estudo de diversos materiais, comprovando que a localização da Igreja tina atrás de si um longo historial. Pode ler-se no final do artigo que publicaram em 1978 na Revista Setúbal Arqueológica: “O Dr Leite de Vasconcelos encontrou por ali materiais neolíticos. Depois surge-nos bem marcada a ocupação romana evidente pelo monumento funerário a um jovem, talvez inscrito na Ordem Senatorial. Vem depois o período visigótico com a capela ali construída em data assinalada e uma série de pedras trabalhadas da mesma época, a confirmarem a existência do templo e os cuidados postos no seu embelezamento. Por fim aparece a lápide com a Cruz de Santiago, como que a recordar os direitos da Ordem por aquelas paragens.” Das inscrições e lápides já nada subsiste no local, estando algumas preservadas no Museu de Arqueologia de Setúbal ou no próprio Torrão, na Igreja da Misericórdia. A Igreja propriamente dita, não passa hoje de uma ruína que, apesar de tudo, mereceria pelo menos o respeito e a reflexão de uma população mais culta que aqui teria um espaço ideal de reflexão sobre o tempo e a inevitabilidade dos seus efeitos. Talvez por isso e só por isso, após uma proposta de 1991 da Câmara Municipal de Alcácer, o que resta de São João dos Azinhais, foi finalmente classificado em 2013 como Monumento de Interesse Público.
São João dos Azinhais, em foto fo site da C.M. de Alcácer do Sal, talvez dos anos 80

A galilé já derrubada, em foto de 2008

Restos de pintura a fresco no interior (2008)

Vista de conjunto de 2008

Vestígios arqueológicos que a erosão provocada pela albufeira da Barragem do Vale do Gaio (ou Trigo de Morais) vai mostrando. Nas proximidades na margem contrária da Ribeira do Xarrama, hoje represada, Carlos Tavares da SIlva e Joaquina Soares viriam a identificar nos anos 80 o conhecido povoado calcolítico do Monte da Tumba.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

DORMENTE DE MÓ




 A galeria manuelina do edifício sede da Direcção Regional de Cultura do Alentejo em Évora, também conhecida actualmente como a "Galeria de Burgos", é um espaço recuperado nos últimos anos para a cultura, após um interregno infeliz em que foi usado como "armazém"... Aí tem acontecido numerosas exposições, sem uma estratégia ou plano definido, sem uma linha de acção muito clara. Enfim, um espaço à procura de vocação mas que no essencial, tem procurado cruzar a amostragem da criação artística contemporânea com a divulgação do património cultural da região. Por vezes, essas linhas podem cruzar-se. É o que julgo estar a acontecer com a actual proposta de instalação de Perrine Lacroix (DORMENTE DE MÓ), resultado de uma sua residência artística entre Évora e Reguengos. Através dos restos de cerâmica semi-industrial de São Pedro do Corval, jorrando em torrente de uma abertura na "torre" da Cerca Velha, romano/árabe, entretanto transformada em capela no  Sèculo XVI, é-nos sugerida uma reflexão sobre o tempo histórico, sobre a perenidade e a volatilidade da pedra e da cerâmica, transformadas em cacos ou mós quebradas e inúteis...

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

MEMÓRIAS D'ODIANA


Sob a coordenação de João Albergaria e Samuel Melro, acaba de ser editado mais um volume da 2ª série das Memórias d'Odiana. No caso o nº7, correspondendo à publicação monográfica dos trabalhos arqueológicos realizados no Alqueva, entre 1997 e 2001, no âmbito do "Bloco 9" (Proto-história da margem esquerda do Guadiana"). Estando já em fase final a produção dos 2 últimos volumes desta série (o 13º sobre a ocupação medieval da margem direita, sob a coordenação de João Marques e o 14º, correspondendo à edição das actas do IV Colóquio de Arqueologia do Alqueva), prevemos que ainda este ano seja possível, finalmente, fechar este ciclo, com a apresentação conjunta de toda a colecção. É verdade que passou quase uma década e meia sobre o fim dos trabalhos associados à construção da barragem propriamente dita (as comportas fecharam em Fevereiro de 2002) e que, inevitavelmente, muito do que agora está a ser editado, sobretudo ao nível da interpretação, estará já ultrapassado pela emergência de novos factos. Mas fica disponível (quase) toda a documentação recolhida pelos arqueólogos no desaparecido Vale do Guadiana.


segunda-feira, 13 de outubro de 2014


As ignoradas ruínas romanas de Santana do Campo, Arraiolos

Graças à INTERNET e aos PDFs, tive hoje acesso a uma obra de Virgílio Correia (1888-1944) que desconhecia e que está disponível "on line" através da Biblioteca da Universidade de Toronto (viva a globalização boa!). Trata-se de uma compilação de artigos avulsos, de divulgação ilustrada sobre diversos monumentos, distribuídos de norte a sul do país. Nele encontrei um texto dedicado ao ainda hoje pouco conhecido "Templo Romano" de Santana do Campo, uma aldeia localizada a poucos quilómetros de Arraiolos, na direcção de Pavia, zona onde o mesmo Virgílio Correia, na sua fase de arqueólogo pré-historiador da sua multifacetada carreira, faria um trabalho pioneiro sobre o megalitismo alentejano. As ruínas de Santana do Campo, são um daqueles casos isolados de ruínas romanas com alguma monumentalidade e aparentemente inexplicáveis, que poderíamos comparar com o Templo Romano de Almofala, (Figueira de Castelo Rodrigo), o Arco Romano de Bobadela (Oliveira do Hospital) ou mesmo a misteriosa torre de Centum Cellae, em Belmonte. Naturalmente, estes sítios têm (ou tinham) em comum o facto de nunca terem sido objecto de pesquisa arqueológica aprofundada. Quando esta acontece, e dos casos que citei o menos estudado é precisamente Santana, o aparente mistério esclarece-se. Pois, neste caso, apesar de algumas referencias ou chamadas de atenção, como a de Virgílio Correia de há quase um século, as incógnitas mantêm-se. Arqueologia na envolvente, apenas algumas intervenções pontuais preventivas e sem grandes resultados, motivadas por obras próximas. A localização das ruínas em plena área urbana, integradas em Igreja ainda ao culto e o facto de parte das estruturas romanas se estenderem para casas particulares e para o cemitério local, não têm encorajado os especialistas, apesar do seu mais que evidente potencial. 




Post Scriptum (importante)

Quando há mais de um ano publiquei esta pequena nota, cometi um lapso imperdoável, ao esquecer que não há muito tempo (anos 90), Thomas Schattner, um colega e amigo, durante algum tempo Director da Delegação portuguesa do Instituto Arqueológico Alemão, publicou um novo e importante trabalho sobre estas ruínas de Santana do Campo. Aqui fica o facsimile da 1ª página do referido artigo, editado na revista O Arqueólogo Português.



sexta-feira, 10 de outubro de 2014


Fundamentalismos, há muitos...

Era expectável que a realização de uma pequena intervenção arqueológica nos Almendres, no âmbito de um projecto de investigação aprovado pelas tutelas (DGPC/DRCALEN), causasse alguma curiosidade ou mesmo alguma perplexidade nas dezenas de visitantes que ali passam todos os dias. Por essa razão, sugeriu-se que o responsável disponibilizasse através de meios adequados um mínimo de informação ao público ocasional sobre as circunstâncias e objectivos da acção. Tendo estes trabalhos coincidido, por mero acaso, com a passagem de mais uma Lua Cheia, como vai sendo hábito não faltaram nos Almendres os numerosos frequentadores alternativos que, sem interferirem com a arqueologia e muito menos importunados pelos arqueólogos, ali manifestaram de forma livre e patrimonialmente responsável, as convicções místicas que sentem ou reconhecem neste local. Foi pois com algum espanto que a equipa de arqueologia se viu a certa altura confrontada, com enorme agressividade, por um indivíduo de nacionalidade estrangeira, manifestando-se em inglês, contra o que considerava uma grave e intolerável profanação de um local sagrado. Foi aliás com alguma dificuldade que se explicou ao indivíduo, claramente alterado que, sem pôr em causa as suas convicções, aquele "local sagrado e inviolável", tal como hoje se nos apresenta, era antes de mais uma (re) construção feita pelos vários arqueólogos que desde há meio século ali vinham investigando e fazendo trabalhos de escavação e restauro. E que, afinal, isso não impedia que todos e cada um dos muito visitantes, fizessem daquele sítio as suas próprias leituras e interpretações, sempre no respeito pelas convicções dos outros. 
São conhecidos e compreensíveis à luz de outras tradições e culturas, os problemas deste tipo com que os arqueólogos se podem confrontar nalgumas partes do mundo. Em Israel, por motivos de ortodoxia religiosa, é praticamente impossível realizar escavações em necrópoles. Nos Estados Unidos, alguns museus são hoje compelidos a devolver, supostamente às tribos de origem, esqueletos e artefactos de antigas escavações, por se considerar que estas teriam violado as suas ancestrais tradições. Pessoal e presencialmente, porém, esta foi a minha primeira experiência na matéria.






quinta-feira, 9 de outubro de 2014


A visita do mestre a Évora

O nome de Theodor Hauschild ficará inevitavelmente ligado à arqueologia romana e tardo-romana da Ibéria. Há poucas semanas, ao visitar pela primeira vez o Centro Interpretativo das Ruínas de Milreu, reconheci a sua foto, enquanto jovem, na pequena exposição de introdução à visita de um sítio cujo estudo tanto lhe deve e pelo qual, segundo creio, iniciou os seus trabalhos arqueológicos em Portugal há várias décadas. Hoje, inesperadamente, numa viagem de regresso de Tarragona, cujas muralhas romanas investigou nos anos 60, Hauschild e a esposa, resolveram passar por Évora, pela Direcção Regional de Cultura, talvez para revisitarem a velha muralha tardo-romana da Cerca Velha. Foi uma agradável surpresa que retribuí, acompanhando-os numa visita ao Museu de Évora, que ele não revia desde a recente remodelação. Como é sabido Hauschild, como consultor, acompanhou os extensos trabalhos de arqueologia aí realizados na transição do Século, completando dessa forma os estudos, escavações e levantamentos que fizera no Templo Imperial e no Forum de Ebora Julia Liberalitas, nos anos 80 e 90. Aliás, informou-me que estará para muito breve a edição pelo Instituto Arqueológico Alemão - cuja antiga delegação Lisboeta ele próprio dirigiu- da monografia das suas investigações eborenses, obra que ficará sem dúvida como marco fundamental na arqueologia da cidade de Évora.


Theodor Hauschild no Museu de Évora em 9 de Outubro de 2014


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

XVII Jornadas Internacionais "Escola de Música da Sé de Évora"

Apesar de toda a minha longa prática como profissional do património, não me canso de afirmar que é na (re)interpretação em colectivo da música antiga, no caso a polifonia da Sé de Évora dos séculos XVI e XVII, que a relação com o passado, objecto do meu estudo e interesse, parece conseguir ir além da mera racionalidade intelectual para se tornar numa verdadeira experiencia sensorial. Por momentos, a vibração sonora ao longo das naves da Sé, parece transportar-nos para um outro tempo...Por isso, sempre que posso, não perco a oportunidade de participar em mais umas jornadas de verdadeira emersão musical. Assim aconteceu no passado fim de semana.

Atelier dirigido pelo Maestro Paulo Lourenço

Atelier do Maestro Pedro Teixeira

Intervalo e convício no claustro do Convento dos Remédios

Atelier do Maestro Armando Possante

O grupo Capella Vocale an St. Hippolytus, cujos elementos participaram e enriqueceram os ateliers das Jornadas

Final do Concerto do grupo Capella Vocale an St. Hippolytus, sob a direcção de Michael Veltman

Atelier na Igreja do Convento dos Remédios, actual sede do Eborae Musica
O concerto de encerramento, na interpretação gráfica da Susana Coelho