segunda-feira, 15 de dezembro de 2014



Anta Grande do Zambujeiro_ grande nau, grande tormenta...

A Anta Grande do Zambujeiro (1978?). Na foto, Jorge Pinho Monteiro, falecido assistente da Universidade de Évora e que nessa qualidade se interessou pela situação deste monumento, localizado na extrema da Herdade da Mitra pertencente àquela instituição.

É conhecida como a maior anta da Ibéria, se não mesmo da Europa. É um dos mais antigos e mais impressionantes exemplos da arquitectura funerária da Europa Ocidental. É um dos raros monumentos megalíticos que conserva parte da da sua original "mamôa" (neste caso, a gigantesca carapaça de terra e pedra que cobria todo o monumento e transformava o conjunto, num "hipogeu" construído, a que se acedia por um longo corredor...).

A AGZno início dos anos 80, pouco tempo antes da instalação da actual cobertura "provisória" (que tem actualmente três décadas), por ocasião da realização de um levantamento estereo-fotogramétrico, encomenda do extinto Serviço Regional de Arqueologia do Sul, à ESTEREOFOTO.

Poderíamos continuar a enunciar os epítetos que fazem deste monumento nacional, um caso único no contexto do vasto património megalítico nacional. Mas quanto mais disséssemos, mais estaríamos a contribuir para tornar ainda mais incompreensível para o público em geral, a situação de degradação a que este monumento chegou. É certo que a localização em "propriedade privada" e a total dependência dos financiamentos europeus por parte dos serviços de tutela, tem impedido o desenvolvimento de um complexo e dispendioso projecto de recuperação. Mas isso não pode nem certamente explica tudo. Este é um tema que, espero, poderá ter algum desenvolvimento positivo em 2015 e sobre o qual não deixarei de ir dando informação complementar.


Últimos trabalhos de conservação e restauro realizados na AGZ, no final dos anos 80, por iniciativa do extinto SRAS.

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