1994- o ano da perda da inocência da arqueologia portuguesa ?
Com este "post" alcanço o nº redondo de 100 entradas neste blog memorialista, que comecei vai quase para 9 meses, quando me libertei das funções de Director de Serviços dos Bens Culturais desta minha Direcção Regional de Cultura do Alentejo. Nem sempre é fácil manter o ritmo a que me propus inicialmente, até porque aquilo que parecia ser uma "pré-reforma" calma está, naturalmente, bem longe dessa realidade sonhada. Em todo o caso, não deixa de ser um desafio intelectual regular que me traz à memória os anos em que, com o Luis Raposo (1993-95), ambos nos obrigámos, a manter uma crónica semanal no suplemento cultural do Diário de Notícias, sobre Arqueologia e Património. Ora, tem sido a esse velho arquivo que tenho ido repescar alguns assuntos, quando a criatividade ou o tempo, não colaboram. Para esta centésima crónica, selecionei precisamente um texto de balanço sobre a Arqueologia em 1994, o ano da divulgação das descobertas rupestre do Côa e que, marcou decisivamente a evolução da arqueologia portuguesa no final do último século. Trata-se de um texto que não foi publicado n'A linguagem das Coisas (Raposo e Silva 1996), mas cujo tom, julgo eu, se coaduna com o espírito que preside a este "blog" de memórias.
(Nota: embora aguarde pela 1º aniversário do Blog, no início de Setembro, para um balanço estatístico mais desenvolvido, regista-se que o mesmo foi acedido nestes meses, umas 7 500 vezes, 25% das quais a partir de outros países, neste caso com destaque claro para os USA. Mas Alemanha, Brasil, Espanha e Rússia também aparecem com alguma frequência. Aquele nº global parece interessante (?), mas corresponde a um dia "fraco" de acessos ao "blog" da minha nora Joana "A mãe é que sabe"... Uma curiosidade, o "post" mais acedido, foi o dedicado á memória do colega falecido Fernando Rodrigues, com perto de 300 acessos mas está quase a ser alcançado pelo texto "Da onerosidade à irracionalidade..." Só referir que a irracionalidade venceu mesmo, e a Direção Regional de Cultura está a pagar às Finanças uma elevadíssima renda pelo espaço que ocupa no edifício da Rua de Burgos em Évora...Dinheiro que obviamente retira do pouco que o OE lhe deixa para a conservação dos 40 monumentos que lhe estão afectos!)
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