A Linguagem das Coisas
O convite para o próximo lançamento de um livro da minha nora Joana, a ter lugar no próximo sábado numa loja da FNAC
"A mãe é que sabe", livro que reúne os melhores "posts" do blog que mantem com uma amiga desde o nascimento da minha neta Isabel, lembrou-me que, passam precisamente este ano duas décadas (!) sobre a apresentação de um livro meu, em parceria com o Luis Raposo, afinal com uma génese parecida... Claro que não havia "blogs" (a Internet entre nós estava a dar os primeiros passos) mas os jornais tinham ainda especial importância e as crónicas de ARQUEOLOGIA que ambos escrevíamos semanalmente para o Suplemento Cultural do Diário de Notícias (suponho que editado à quinta-feira) entre 1993 e 1995, chamara a atenção da Europa América, ainda dirigida por Francisco Lyon de Castro que então conheci pessoalmente, tendo-nos sido proposta a edição das referidas crónicas em livro, a que chamámos a "
A linguagem das coisas". Não eram comuns e ainda hoje são raras, as edições de cariz comercial sobre arqueologia portuguesa, e por isso o evento de lançamento, realizado no Museu Nacional de Arqueologia no dia 15 de Outubro de 1996, e em cuja organização houve um especial empenho da editora, acabou por ter alguma relevancia social. A apresentação ficou a cargo de Jorge Alarcão, um dos poucos arqueólogos portugueses com uma obra consistente em circuito comercial (desde o seu
Portugal Romano editado pela Verbo no início dos anos 70 até às sucessivas edições de
O domínio romano em Portugal, da própria Europa-América) e dignou-se assistir,como soía dizer-se, o próprio Ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho. À época já não éramos propriamente dois novatos na arqueologia. O Luis iniciava por essa altura o seu longo e profícuo período de direção do próprio MNA (1996-2012) e eu, após uma curta passagem pela comissão instaladora do IPA, estava então a lançar o projecto arqueológico do Alqueva (1996-2002). Mas esse fim de tarde no "nosso Museu dos Jerónimos", contando com a presença de tantos colegas e amigos, acabou por ficar indelevelmente marcado nas nossas memórias. Percebo pois, o nervoso da Joana, esperando que tudo corra pelo melhor no próximo sábado.
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Publicidade na revista da própria Europa-América, bem acompanahda pelas obras de Jorge Alarcão e Konrad Spindler, um arqueólogo austríaco que escavou em Portugal no final dos anos 60 (Castro do Zambujal) e que se tornou célebre pelos estudos do Homem (neolítico) de Otzi, descoberto congelado nos Alpes. |
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Publicidade no Expresso |
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Recensão crítica no Expresso de 4 de Janeiro de 1997, acompanhada pela Mértola Islâmica do meu colega e amigo Santiago Macias, actual Presidente da Câmara da sua Moura natal |
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