O AQUEDUTO DA ÁGUA DE PRATA
ÉVORA
A decisão é de ontem (15 de Outubro) e a notícia acaba de ser divulgada na INTERNET, no SITE da revista SÁBADO de onde a transcrevo. Pese embora o lado menos positivo (integrar a "lista mundial de monumentos em risco") há que destacar os aspectos interessantes, nomeadamente o reconhecimento da extraordinária relevância do monumento em causa e o esperado apoio financeiro que deverá acompanhar esta chamada de atenção internacional para um dos mais significativos monumentos de Évora .
Aproveito a ocasião para aqui recordar na versão original, um artigo que publiquei no Diário de Notícias em 6 de Outubro de 1994 sobre este importante monumento de Évora, mais tarde editado na colectânea A Linguagem das Coisas, Ensaios e Crónicas de Arqueologia, de parceria com Luis Raposo (Europa-América, 1996, pg 382), De referir que a hipótese que então se descortinava de uma origem romana, pelo menos no que ao traçado dizia respeito, veio recentemente a ser confirmada pelas investigações de Francisco Bilou.
A lista, criada por vários peritos, foi divulgada no dia 15 de Outubro e conta com 50 sítios em 36 países. "A lista para 2016 inclui muitos lugares extraordinários que merecem ser celebrados porque representam grandes momentos da cultura humana. A preocupação mundial deveria fortalecer a nossa capacidade para os salvar", explicou a presidente da associação, Bonnie Burnham, num comunicado de imprensa.
Segundo o WMF, o Aqueduto da Água da Prata "precisa de esforços para o preservar e que ao mesmo tempo o mantenha a funcionar para irrigar parques e jardins". Já a Igreja de São Cristóvão é tida como "uma rara sobrevivente do sismo de 1755 em Lisboa, que precisa agora de ser conservada para que o seu esplendor seja restaurado".
De acordo com a agência Ecclesia, a igreja data de 1680 e tem 34 telas de Bento Coelho da Silveira do século XVII, que estão a precisar de restauro. Edgar Clara, o pároco da igreja de São Cristóvão, afirmou à agência que tudo se deve à iniciativa "Arte por São Cristóvão", que "prevê a promoção e divulgação da Igreja e do seu património" e já levou à organização de várias iniciativas de recolha de fundos, como noites de fado, visitas guiadas à Mouraria Cristã e venda de biscoitos criados pela Cozinha Popular da Mouraria. Ao todo, amealharam cerca de 40 mil euros para as obras de restauro."
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