ALQUEVA, 20 Anos de obra, 200 Milénios de História
Abriu a público na passada 3ª feira no Museu Nacional de Arqueologia, bem à portuguesa, de forma apressada e quase despercebida, dado o período eleitoral (neste caso, "causa e consequência"...), a exposição sobre a Arqueologia do Alqueva. Ainda que o pretexto imediato sejam os 20 anos da empresa pública EDIA, entidade criada em 1995 para construir e gerir o Empreendimento, a ideia da responsabilidade do Director do MNA, surgiu no final do ano passado no âmbito da iniciativa, também realizada no MNA, para apresentação dos 14 volumes da 2ª série da coleção Memórias d'Odiana.
http://pedrastalhas.blogspot.pt/2014/12/apresentacao-dos-14-volumes-da-2-serie.html
No entanto, pese embora o facto da decisão ter sido tomada em Março último, circunstancias várias (umas de ordem administrativa ou financeira, outras circunstanciais, nomeadamente quanto à disponibilidade do espaço pretendido para a montagem), acabaram por empurrar a sua execução física para as duas últimas semanas de Setembro, fazendo acumular num curtíssimo espaço de tempo a sua efectiva montagem, com todos os problemas daí decorrentes. A exposição está certamente longe do que os seus promotores e executantes terão imaginado num primeiro momento (deixando para trás contributos de colegas que seriam essenciais noutro contexto), mas responde minimamente aos principais objectivos: dar a conhecer a um público alargado a qualidade e quantidade de trabalho arqueológico produzido no Alentejo ao longo das últimas décadas; devolver, ainda que transitoriamente por enquanto, a "Torre Ôca" à Arqueologia, reabrindo um processo tão mal conduzido, anos atrás, pela tutela do património cultural e dos museus. Pese embora as limitações e problemas, na parte que me coube (concepção geral e textos) assumo inteira responsabilidade pelo resultado, esperando compreensão daqueles que se possam ter sido defraudados nas suas expectativas (e alguns já se manifestaram., como é compreensível). Apenas uma chamada de atenção para a inclusão de um instrumento interactivo inesperado. Fez parte do primeiro esboço de "guião" o recurso a uma "maquete física" que permitisse dar ao visitante a noção do território em causa. De proposta em proposta a EDIA acabou por adquirir uma maquete na escala 1:60 000, produzida em impressora 3D a partir de um modelo digital do terreno, sobre a qual se aplicou a fotografia aérea do Alentejo. Sobre esta base, é possível agora projectar (graças a 4 projectores de vídeo "concatenados"), apresentações multimédia " à la carte", construídas a partir de Sistemas de Informação Geográfica. Modernices...
Ainda que oportunamente venha a este tema, aqui deixo algumas fotos (de fraca qualidade...) e os textos de sala (português e inglês) produzidos expressamente para a exposição.
A exposição ainda em montagem, aspecto geral |
Últimos preparativos na maquete multimédia |
A maquete multimédia, no centro da exposição e da Torre Ôca. |
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