quinta-feira, 4 de janeiro de 2018


Prémio Pessoa 1991

quando a Arqueologia, para o bem e para o mal, começava a ter visibilidade...

Há poucas semanas, divulguei neste "blog" um conjunto de documentos que testemunham as graves atribulações por que passou a Arqueologia portuguesa no Verão de 1992, ver aqui  fruto da desastrosa política do então SEC, Santana Lopes. A arqueologia, com a criação do IPPC e dos Serviços Regionais de Arqueologia conhecera um período de algum desenvolvimento e estabilidade ao longo dos anos 80 mas, uma vez chegado ao poder onde substituiu Teresa Patrício Gouveia, o irrequieto Santana Lopes inicia de imediato um conjunto de reformas e reestruturações de todo o sector, das quais, invariavelmente, a Arqueologia sairia sempre prejudicada...Pelas piores razões, conforme se depreende dos "recortes" de imprensa que recordámos no referido "post", a Arqueologia seria notícia frequente na silly season de 92. 

Em contraste por motivos bem diferentes, a Arqueologia também merecera algum destaque mediático em 1991, quando o Prémio Pessoa, então na sua 4ª edição, foi atribuído ao arqueólogo Cláudio Torres pela sua actividade cultural e científica em Mértola. Curiosamente, a primeira figura nacional que merecera tal honra, o Professor José Mattoso (Prémio Pessoa de 1987), estava também ele, de algum mod, associado ao Projecto Arqueológico de Mértola, conforme recordámos já neste "blog"...ver também aqui

Adivinhando já a borrasca que se aproximava, produzi na época um pequeno texto sobre a excepcional distinção feita ao arqueólogo Cláudio Torres, um reconhecimento público que todos os arqueólogos sentiram então com orgulho. Já não recordo se o mesmo foi então publicado. De qualquer modo e antes da limpeza de arquivos a que me venho dedicando nos últimos dias, aqui o reproduzo pelo testemunho que representa.

Historiadores e /ou arqueólogos em Mértola (2016), incluindo dois "prémios Pessoa" (José Mattoso, ao centro e Cláudio Torres, à direita. Na foto ainda, José Luis de Matos, Jorge Alarcão e Borges Coelho.






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