sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Almendres, ao luar de Agosto


Foto de Eduardo Luciano
A proposta dos serviços culturais da CME, no âmbito das actividades paralelas à "reabertura" do Centro Interpretativos do Megalitismo (Convento dos Remédios), era aliciante mas creio que ninguém esperava o nível de adesão que teve a caminhada nocturna entre Guadalupe e o Cromeleque, sob a lua cheia de Agosto (noite de 18 de Agosto). Naturalmente a maioria dos participantes veio de Évora (mas não só, pois reconheci gente de Arraiolos) mas foi também notória a adesão da população de Guadalupe o que mostra que a estratégia de envolvimento local, iniciada há alguns anos com as "festas do solstício" começa a dar resultados. Infelizmente a "estatística" não era a primeira preocupação dos organizadores e ninguém sabe ao certo quantos caminhantes subiram até ao alto das Pedras Talhas. Inscrições para o autocarro municipal, esgotadas rapidamente, eram meia centena. Na Junta de Freguesia de Guadalupe, os pedidos de apoio para regresso nas respectivas carrinhas, eram mais de duas dezenas. Mas na realidade, entre locais e forasteiros, de todas as idades, cremos que cerca de três centenas de pessoas terão subido ao Cromeleque. A maioria, naturalmente, acabou por regressar a pé a Guadalupe, perfazendo cerca de 9 km de caminhada. 

Também não se fizeram inquéritos ao nível de satisfação, mas pelas expressões, julgamos que as expectativas da maioria não terão sido defraudadas. E para os que se preocupam a sério com a situação deste monumento único (e há muitas razões para estar preocupado) esta foi mais uma oportunidade de chamar a atenção para a necessidade de, com urgência, se encontrar uma fórmula que, perante o actual vazio, permita a gestão equilibrada e sustentada, deste extraordinário mas frágil recurso cultural, refém de interesses privados mas à mercê de um turismo galopante mas completamente desregrado. 


A chegada do autocarro da CME


As últimas recomendações para a caminhada

A caminho


No Cromeleque (foto de Eduardo Luciano)
Lendo as pedras com a ajuda da luz rasante (Foto de Eduardo Luciano)





Tempo para selfies à luz da Lua

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