"Monument Man"
Hoje o Facebook recordou-me um post de há três anos, alguns meses antes de me iniciar na "blogosfera". Apesar do carácter mais sintético do texto, mais ao estilo "facebookiano" (passe o neologismo), pareceu-me boa ideia aqui deixar nota de um tema que, por várias razões, me interessa particularmente. Apenas uma nota de actualização. Tive posteriormente ocasião de ver o "Monument Man", ainda que na versão vídeo, e corroboro inteiramente a opinião do meu colega António Valera que então comentara, a propósito, que o filme estava muito à quem das suas expectativas...
"Ainda não tive oportunidade de ver o último filme do G. Clooney "Monument Man" (aliás, desgraçadamente, não há cinema comercial em Évora há alguns anos...) mas estou com bastante curiosidade. No Natal de 1998, ao vaguear por uma livraria da Amadora (que já não existe) encontrei um livro que me despertou a atenção: "Europa saqueada-O destino dos tesouros artísticos europeus no Terceiro Reich e na Segunda Guerra Muncdial" da norte-americana Lynn H.Nicholas, em edição brasileira (Companhia das Letras, 1996) com uma foto na capa do conhecido historiador de arte René Huyghe (1940) mostrando as grandes galerias do Louvre vazias. O tema do saque nazi e da salvaguarda dos bens artísticos durante a 2ª Guerra Mundial não me era desconhecido. Através da leitura das memórias do arqueólogo André Leroi-Gourhan (que ainda conheci pessoalmente no Verão de 1973, nas escavações de Pincevent) antigo membro da Resistência Francesa, tinha-me apercebido dos dramas vividos pelos conservadores dos museus europeus na salvaguarda dos tesouros artísticos que lhe estavam confiados. Quem hoje sabe que as mais valiosas pinturas do Prado, estiveram guardadas perto da fronteira francesa e que antes do fim da Guerra Civil espanhola foram levadas e mostradas numa grande exposição em Genebra? Em conclusão, li as 500 páginas do livro de Lynn quase de uma assentada e ainda que, certamente não tenha pensado nisso na altura, estou certo que o tema dará um grande filme. Espero que o meu filho David, o meu "movies dealer" (!?) não se atrase na "entrega"...
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